sábado, 17 de dezembro de 2011

Mais uma...


... provavelmente a última rsss

terça-feira, 11 de outubro de 2011

É isso que você quer – ou um monte de gente basta?

Faz algum tempo que tivemos essa conversa. Ele tentava me explicar por que, em meio a tantas garotas bonitas, a tantas baladas e viagens, ele não se decidia a namorar.

Ele não disse que estava sobrando mulher. Não disse que seria um desperdício escolher apenas uma. Não falou em aproveitar a juventude ou o momento e nem alegou que teria dificuldade em escolher. Disse apenas que é difícil achar alguém especial.

Na hora, parado com ele na porta do elevador, aquilo me pareceu apenas uma desculpa para quem, afinal, está curtindo a abundância. Foi depois que eu vim a pensar que existe mesmo gente especial, e que é difícil topar com uma delas.

Claro, o mundo está cheio de gente bonita. Também há pessoas disponíveis para quase tudo, de sexo a asa delta. Para encontrar gente animada, basta ir ao bar, descobrir a balada, chegar na festa quando estiver bombando. Se você não for muito feio ou muito chato, vai se dar bem. Se você for jovem e bonita, vai ter possibilidade de escolher. Pode-se viver assim por muito tempo, experimentando, trocando de gente sem muita dor e quase sem culpa, descobrindo prazeres e sensações que, no passado, estariam proibidos, especialmente às mulheres.

Mas talvez isso tudo não seja suficiente.

Talvez seja preciso, para sentir-se realmente vivo, um tipo de sensação que não se obtém apenas trocando de parceiro ou de parceira toda semana. Talvez seja preciso, depois de algum tempo na farra, ficar apaixonado. Na verdade, ficar apaixonado pode ser aquilo que nós procuramos o tempo inteiro – mas isso, diria o meu jovem amigo, exige alguém especial.

Desde que ele usou essa fatídica expressão, eu fiquei pensando, mesmo contra a minha vontade, sobre o que seria alguém especial, e ainda não encontrei uma resposta satisfatória. Provavelmente porque ela não existe.

Você certamente já passou pela sensação engraçada de ouvir um amigo explicando, incansavelmente, por que aquela garota por quem ele está apaixonado é a mulher mais linda e mais encantadora do mundo – sem que você perceba, nela, nada de especial. OK, a garota é bonitinha. OK, o sotaque dela é charmoso. Mas, quem ouvisse ele falando, acharia que está namorando a irmã gêmea da Mila Kunis. Para ele ela é única e quase sobrenatural, e isso basta.

Disso se deduz, eu acho, que a pessoa especial é aquela que nos faz sentir especial.

Tenho uma amiga que anda apaixonada por um sujeito que eu, com a melhor boa vontade, só consigo achar um coxinha. Mas o tal rapaz, que parece que nasceu no cartório, faz com que ela se sinta a mulher mais sensual e mais arrebatada do planeta. É uma química aparentemente inexplicável entre um furacão e um copo de água mineral sem gás, mas que parece funcionar maravilhosamente. Ela, linda e selvagem como um puma da montanha, escolheu o cara que toma banho engravatado, entre tantos outros que se ofereciam, por que ele a faz sentir-se de um modo que ninguém mais faz. E isso basta.

É preciso admitir que há gente que parece especial para todo mundo. Não estou falando de atores e atrizes ou qualquer dessas celebridades que colonizam as nossas fantasias sexuais como cupins. Falo de gente normal extremamente sedutora. Isso existe, entre homens e entre mulheres. São aquelas pessoas com quem todo mundo quer ficar. Aquelas por quem um número desproporcional de seres humanos é apaixonado. Essas pessoas existem, estão em toda parte, circulam entre nós provocando suspiros e viradas de pescoço, mas não acho que sejam a resposta aos desejos de cada um de nós. Claro, todo mundo quer uma chance de ficar com uma pessoa dessas. Mas, quando acontece, não é exatamente aquilo que se imaginava. Você pode descobrir que a pessoa que todo mundo acha especial não é especial para você.

Da minha parte, tendo pensado um pouco, acho que a pessoa especial é aquele que enche a minha vida. Ela é a resposta às minhas ansiedades. Ela me dá aquilo que eu nem sei que eu preciso – às vezes é paz, outras vezes confusão. Eu tenho certeza que ela é linda por que não consigo deixar de olhá-la. Tenho certeza que é a pessoa mais sensual do mundo, uma vez que eu não consigo tirar as mãos dela. Certamente é brilhante, já que ela fala e eu babo. E, claro, a mulher mais engraçada do mundo, pois me faz rir o tempo inteiro. Tem também um senso de humor inteligentíssimo, visto que adora as minhas piadas. Com ela eu viajo, durmo, como, transo e até brigo bem. Ela extrai o melhor e o pior de mim, faz com que eu me sinta inteiro.

Deve ser isso que o meu amigo tinha em mente quando se referia a alguém especial. Se for isso vale a pena. As pessoas que passam na nossa vida são importantes, mas, de vez em quando, alguém tem de cavar um buraco bem fundo e ficar. Essas são especiais e não são fáceis de achar.

(Ivan Martins)

Editor-executivo de ÉPOCA

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

DESABAFO


"Na fila do supermercado o caixa diz uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. "
"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

Autor desconhecido

sábado, 17 de setembro de 2011

A idade de ser feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.
autordesconhecido

Obrigado, Lena!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Gostei

Carta de Pérez Esquivel a Obama:

Ao te dirigir esta carta, faço-o fraternalmente e também para expressar a preocupação e a indignação de ver como a destruição e a morte semeadas em vários países, em nome da liberdade e da democracia, das palavras prostituídas e vazias de conteúdo, terminam justificando o assassinato, que é festejado como se fosse um acontecimento esportivo.

Indignação pela atitude de setores da população dos Estados Unidos, de chefes de Estado europeus e de outros países que vieram apoiar o assassinato de Bin Laden, ordenado por teu governo e tua complacência em nome de uma suposta justiça.

Não procuraram detê-lo e julgá-lo pelos crimes supostamente cometidos, o que gera maior dúvida; o objetivo foi assassiná-lo.

Os mortos não falam e, ante o medo de que o justiçado possa dizer coisas não convenientes para os Estados Unidos, a saída foi o assassinato e assegurar que, morto o cão, tenha acabado a raiva, sem levar em conta que não fazem outra coisa senão incrementá-la.

Quando recebestes o Prêmio Nobel da Paz, do qual somos depositários, te enviei uma carta que dizia: Barack, me surpreendeu muito que te tenham outorgado o Nobel da Paz, mas agora que o tens deves colocá-lo a serviço da paz entre os povos; tens toda a possibilidade de fazê-lo, de terminar as guerras e começar a reverter a grave situação em que o teu país e o mundo estão vivendo.

Contudo, incrementastes o ódio e traístes os princípios assumidos na campanha eleitoral ante teu povo, como por fim às guerras no Afeganistão e no Iraque e fechar as prisões de Guantánamo, em Cuba; e de Abu Graib, no Iraque. Nada disso conseguistes fazer; pelo contrário, decides começar outra guerra contra a Líbia, apoiada pela OTAN e pela vergonhosa resolução das Nações Unidas de apoiá-la; quando esse alto organismo, diminuído e sem pensamento próprio, perdeu o rumo e está submetido às veleidades e interesses das potências dominantes.

A base da fundação da ONU é a defensa e promoção da paz e dignidade entre os povos. Seu preâmbulo diz: "Nós, os povos do mundo…”, hoje ausentes desse alto organismo.

Quero recordar um místico e mestre que tem, em minha vida, uma grande influência: o monge trapense da Abadia de Getsemani, no Kentucky, Tomás Merton, que disse: A maior necessidade do nosso tempo é limpar a enorme massa de lixo mental e emocional que está em nossas mentes e que converte toda a vida política e social em uma enfermidade de massas. Sem esta limpeza doméstica não podemos começar a ver. Se não vemos, não podemos pensar.

Eras muito jovem, Barack, durante a Guerra de Vietnam; talvez não te recordes da luta do povo norte-americano para se opor à guerra.

Os mortos, feridos e mutilados no Vietnam até o dia de hoje sofrem as suas consequências.

Tomás Merton dizia, frente a um carimbo de carta que acabava de chegar, The U.S. Army, key to peace, O exército estadunidense, chave da paz: nenhum exército é a chave da paz. Nenhuma nação tem a chave de nada que não seja a guerra. O poder não tem nada a ver com a paz. Quando mais os homens aumentam o poder militar, mais violam a paz e a destroem.

Convivi e acompanhei os veteranos de guerra de Vietnam, em particular Brian Wilson e seus companheiros, que foram vítimas dessa guerra e de todas as guerras.

A vida tem esse ‘não sei quê’ de imprevisto e surpreendente, da fragrância e beleza que Deus nos deu para toda a humanidade e que devemos proteger para deixar as gerações futuras uma vida mais justa e fraterna; restabelecer o equilíbrio com a Mãe Terra.

Se não reagirmos para mudar a situação atual da soberba suicida, arrastando os povos aos profundos meandros onde morre a esperança, será difícil sair e ver a luz. A humanidade merece um destino melhor.

Sabes que a esperança é como o loto que cresce na lama e floresce em todo esplendor, mostrando toda a beleza. Leopoldo Marechal, o grande escritor argentino, dizia que, do labirinto se sai por cima.

E creio, Barack, que depois de seguir a tua rota equivocando caminhos, te encontras em um labirinto sem poder encontrar a saída e te enterras mais e mais na violência, na incerteza, devorado pelo poder da dominação, arrastado pelas grandes empresas, pelo complexo industrial militar, e crês ter o poder que tudo pode e que o mundo está aos pés dos Estados Unidos porque impõem pela força das armas, e invadem países com total impunidade. É uma realidade dolorosa; mas, também, existe a resistência dos povos que não claudicam frente aos poderosos.

São tão grandes as atrocidades cometidas por teu país no mundo que daria tema para muito, é um desafio para os historiadores que terão que investigar e saber dos comportamentos, da política, da grandeza e da pequenez que levaram os Estados Unidos à monocultura das mentes que não lhes permite ver outras realidades.

Bin Laden, suposto autor ideológico do ataque às Torres Gêmeas, é identificado como o Satã encarnado que aterrorizava o mundo e a propaganda do teu governo o assinalava como o eixo do mal, o que serviu para declarar as guerras desejadas de que o complexo industrial-militar necessita para colocar seus produtos de morte.

Sabes que investigadores do trágico 11 de Setembro assinalam que o atentado tem muito de "autogolpe”, como o avião contra o Pentágono e o esvaziamento anterior dos escritórios das Torres; atentado que deu motivo para desatar a guerra contra o Iraque e o Afeganistão e agora contra a Líbia; argumentando na mentira e na soberba do poder que tudo fazem para salvar o povo, em nome da "liberdade e defesa da democracia”, com o cinismo de dizer que a morte de mulheres e crianças são "danos colaterais”. Foi o que vivi no Iraque, em Bagdá, com os bombardeios à cidade e ao hospital pediátrico, e no refúgio de crianças que foram vítimas desses "danos colaterais”.

A palavra esvaziada de valores e de conteúdo, que te faz denominar de morte ao assassinato e dizer que, por fim, os Estados Unidos fizeram Bin Laden "morrer”. Não procuro justificá-lo sob nenhum conceito; sou contra todo terrorismo, tanto desses grupos armados, como do terrorismo de Estado que teu país exerce em diversas partes do mundo, apoiando ditadores, impondo bases militares e intervenções armadas, exercendo a violência para se manter, pelo terror, no eixo do poder mundial. Há um só eixo do mal? Como o chamarias?

Será por esse motivo que o povo dos Estados Unidos vive com tanto medo das represálias daqueles que chamam de "eixo do mal”? O simplismo e a hipocrisia de justificar o injustificável.

A paz é uma dinâmica de vida nas relações entre as pessoas e os povos; é um desafio à consciência da humanidade; seu caminho é trabalhoso, cotidiano e esperançador, onde os povos são construtores da sua própria vida e da sua própria historia. A paz não se presenteia; ela é construída e isso é o que te falta, rapaz: coragem para assumir a responsabilidade histórica com teu povo e a humanidade.

Não podes viver no labirinto do medo e da dominação daqueles que governam os Estados Unidos, desconhecendo os tratados internacionais, os pactos e protocolos, de governos que firmam, mas não ratificam nada e não cumprem nenhum dos acordos, mas falam em nome da liberdade e do direito.

Como podes falar da paz se não queres cumprir nada, salvo os interesses do teu país?

Como podes falar da liberdade quando tens nas cárceres prisioneiros inocentes, em Guantánamo, nos Estados Unidos, nas cárceres do Iraque, como no de Abu Graib, e no Afeganistão?

Como podes falar dos direitos humanos e da dignidade dos povos quando os violas permanentemente e bloqueias aqueles que não compartilham da tua ideologia e têm que suportar os maus-tratos?

Como podes enviar forças militares ao Haiti depois do devastador terremoto e não ajuda humanitária a esse povo sofrido?

Como podes falar de liberdade quando massacras os povos do Oriente Médio e propagas guerras e torturas, em conflitos intermináveis que tiram proveito de palestinos e israelenses?

Barack: olha para cima do teu labirinto, podes encontrar uma estrela que te guie, embora saibas que nunca poderás alcançá-la, como bem disse Eduardo Galeano.

Procura ser coerente entre o que dizes e fazes; é a única forma de não perder o rumo. É um desafio da vida.

O Nobel da Paz é um instrumento a serviço dos povos, nunca para a vaidade pessoal.

Desejo-te muita força e esperança, e esperamos que tenhas a coragem de corrigir o caminho e encontrar a sabedoria da paz.


sábado, 27 de agosto de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Monumento à incopetência

Em 1999 o corpo do alpinista inglês George Mallory foi encontrado a cerca de 8.200 metros de altitude no monte Everest. Mallory desapareceu em junho de 1924 quando estava próximo ao cume. Uma afirmação de um dos alpinistas que encontrou o corpo me chamou a atenção:

“Fiquei impressionado com as roupas que ele usava. Hoje em dia, no inverno, qualquer pessoa caminhando pelas ruas de Seattle está mais protegida do que Mallory no Everest em 1924.”

Lembrei-me dessa história durante uma visita que fiz a uma empresa na qual fui recebido pelo principal executivo, que fez questão de se identificar como CEO – Chief Executive Officer. Bonito né? Depois fui apresentado para o CMO, o CFO e o COO, executivos de marketing, finanças e de operações, respectivamente. Todos jovens MBAs formados no exterior.

Ao percorrer a empresa passamos por salas vazias, mesas vazias e grandes áreas vazias. E os jovens CEO, CFO, CMO e COO diziam com orgulho: “Isto aqui já esteve apinhado de gente. Fizemos uma reestruturação ao longo dos últimos dois anos e reduzimos em 45% o numero de pessoas, enquanto nossa produtividade cresceu 22%! Fazemos questão de deixar esses lugares à vista de todos. São nosso Monumento à Incompetência.”

Em minha palestra O Meu Everest afirmo que um dos ensinamentos mais importantes da viagem ao Campo Base da maior montanha do mundo foi aprender que, a cada vez que olhasse para cima, eu deveria olhar cinco vezes para baixo.
Quem pratica montanhismo sabe do que estou falando. Quando você está no pé da montanha e olha a trilha que vai subir, dá um frio na barriga. Você vê as pessoas lá em cima, como formiguinhas, e sabe que para chegar lá terá que fazer uma escalada de oito, nove horas.

Então ataca a montanha. Um passinho aqui... outro ali... num processo penoso. Quando olha para cima, percebe que seu objetivo ainda está muito longe, mas ao olhar para baixo a mágica acontece.
Você descobre que o campo base de onde saiu está láááááá embaixo.
Cada olhada para baixo dá a certeza de que você progrediu, gerando energia para subir mais. Isso é automotivação: a certeza do progresso nos empurra para cima.

O que aqueles jovens COs chamaram de “Monumento à Incompetência” é na verdade a lembrança dos pioneiros que, com a carga às costas, sem computadores, celulares e internet, assumiram o risco de sair lá do “campo base” para desenvolver o negócio que eles hoje dirigem.

Avaliar o passado pelas lentes do presente e chamar de “incompetência” o esforço das pessoas que passaram pelos anos de hiperinflação, incertezas, regime fechado, tecnologias rudimentares, abertura econômica e dólar alto é como observar hoje as roupas de George Mallory e achar que ele era um incompetente.
Não era.
Usou o que havia de melhor na época e por pouco não atingiu seus objetivos.

Parabenizei os COs pelo sucesso e deixei com eles uma recomendação:

- Rebatizem os “Monumentos à Incompetência” como “Memoriais aos Heróis do Passado”. Foram eles que trouxeram vocês até aqui em cima.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Na teoria parece fácil...

Que princípio é este? Os 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros90% da vida estão relacionados com a forma como você reage ao que se passacom você. O que isto quer dizer?
Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede. Não podemosevitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique novermelho. Mas, você é quem determinará os outros 90%. Como? Com sua reação. Exemplo: você está tomando o café da manhã com sua família. Sua filha, aopegar a xícara, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho. Vocênão tem controle sobre isto. O que acontecerá em seguida será determinadopor sua reação. Então, você se irrita. Repreende severamente sua filha e ela começa achorar. Você censura sua esposa por ter colocado a xícara muito na beiradada mesa. E tem prosseguimento uma batalha verbal. Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa. Quando volta, encontrasua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o ônibus para a escola. Sua esposa vai pro trabalho, também contrariada. Você tem de levar suafilha, de carro, pra escola. Como está atrasado, dirige em alta velocidadee é multado. Depois de 15 min. de atraso, uma discussão com o guarda detrânsito e uma multa, vocês chegam à escola, onde sua filha entra, sem sedespedir de você. Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe queesqueceu de sua maleta. Seu dia começou mal e parece que ficará pior. Vocêfica ansioso pro dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filhaestão de cara fechada, em silêncio e frias com você. Por quê? Por causa de sua reação ao acontecido no café da manhã. Pense: "Por quê seu dia foi péssimo?"A) por causa do café?B) por causa de sua filha?C) por causa de sua esposa?D) por causa da multa de trânsito?E) por sua causa? A resposta correta é a E. Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo comovocê reagiu naqueles 5 minutos foi o que deixou seu dia ruim. O café cai nasua camisa. Sua filha começa a chorar. Então, você diz a ela, gentilmente:"está bem, querida, você só precisa ter mais cuidado". Depois de pegaroutra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê suafilha pegando o ônibus. Dá um sorriso e ela retribui, dando adeus com amão. Notou a diferença? Duas situações iguais, que terminam muito diferente. Por quê? Porque os outros 90% são determinados por sua reação. Aqui temos um exemplo de como aplicar o Princípio 90/10. Se alguém diz algonegativo sobre você, não leve a sério, não deixe que os comentáriosnegativos te afetem. Reaja apropriadamente e seu dia não ficará arruinado. Como reagir a alguém que te atrapalha no trânsito? Você fica transtornado?Golpeia o volante? Xinga? Sua pressão sobe? O que acontece se você perder oemprego? Por quê perder o sono e ficar tão chateado? Isto não funcionará. Use a energia da preocupação para procurar outro trabalho. Seu vôo estáatrasado, vai atrapalhar a sua programação do dia. Por quê manifestarfrustração com o funcionário do aeroporto? Ele não pode fazer nada. Use seutempo para estudar, conhecer os outros passageiros. Estressar-se só pioraas coisas. Agora que você já conhece o Princípio 90/10, utilize-o. Você sesurpreenderá com os resultados e não se arrependerá de usá-lo. Milhares de pessoas estão sofrendo de um stress que não vale a pena,sofrimentos, problemas e dores de cabeça. Todos devemos conhecer e praticaro Princípio 90/10.
Pode mudar a sua vida!

quarta-feira, 2 de março de 2011

O sofrimento é opcional

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas
E não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer,
Apenas agradecer por termos conhecido
Uma pessoa tão bacana,
Que gerou em nós um sentimento intenso
E que nos fez companhia por um tempo razoável,
Um tempo feliz.


Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos
O que foi desfrutado e passamos a sofrer
Pelas nossas projeções irrealizadas,
Por todas as cidades que gostaríamos
De ter conhecido ao lado do nosso amor
E não conhecemos,
Por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
Por todos os shows e livros e silêncios
Que gostaríamos de ter compartilhado,
E não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
Pela eternidade.


Sofremos não porque
Nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
Mas por todas as horas livres
Que deixamos de ter para ir ao cinema,
Para conversar com um amigo,
Para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
Mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
Nossas mais profundas angústias
Se ela estivesse interessada
Em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu,
Mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
Mas porque o futuro está sendo
Confiscado de nós,
Impedindo assim que mil aventuras
Nos aconteçam,
Todas aquelas com as quais sonhamos e
Nunca chegamos a experimentar.


Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo,
Mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
Nas forças que não usamos,
Na prudência egoísta que nada arrisca,
E que, esquivando-se do sofrimento,
Perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional.



Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não fazemos!

Então, apenas duramos.
Esperando o fim de semana, o carnaval, as férias, as........
Nós somos o que fazemos!

O que não se faz, não existe.

Portanto, só existimos nos dias em que fazemos...
Nos dias em que não fazemos... duramos!

Pe. Antonio Vieira.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

É claro!

Mais uma dose? É claro!
É claro que eu tô a fim
A noite nunca tem fim
Por que quê a gente é assim?

Agora fica comigo
E não, não
Não desgruda de mim
Vê se ao menos me engole
Não me mastigue assim...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Manhã fria em Itaiópolis



Ficando velho

Saudade da Curitiba dos meus tempos de guri.

- Das partidas do "bete-ombro".

- Do jogo de tique.

- Do jogo de búrico (bolinhas de gude, de vidro...). (não dou volta, não vale fidusca...)

- Dos treinos no campinho com as bolas de "capotão" da Casa Walter.

- Saudade do jogo do bafo com as Balas Zequinha. Tinha Zequinha Médico, Zequinha Radialista, Zequinha Motorista, Zequinha Papai Noel (Esta era uma figurinha difícil, quase não saía. Só os mais afortunados conseguiam). Tinha até Zequinha Ladrão (e como tinha...). As figurinhas embrulhavam aquelas balas ruins, que ninguém chupava, mas que divertiram muito a piazada. No jogo do bafo era proibido cuspir na mão... O ciclo se repetia a cada ano.

- Dos balões de São João que iluminavam as noites frias da Curitiba dos meus tempos de guri. Era Balão Caixa, Balão Mimosa, Balão Cruz. De todos os tamanhos e de todas as formas. Tinha uns grandes, tão grandes que até os bombeiros vinham ajudar na hora de acender a tocha. Os soldados vinham, erguiam a escada, seguravam a copa, o baloeiro acendia a tocha, o fogo ardia e o balão subia, espargindo parafina incandescente sobre a Curitiba dos meus tempos de guri. (nunca ouvi falar que um balão provocou um incêndio!).

- Das raias (pipas, pandorgas...) que esvoaçam pelos campos da Galícia.

- Eram felizes os piás de Curitiba

- Espremidos nas calças curtas os piás levavam prá escola um punhado de bolachas Duchen e meia garrafa de Capilé. Às vezes, Crush ou Mirinda. Quando não, um suco de uva Grapete. Ou gasosa de framboesa da Cini. Prá variar, Minuano. Tinha uns que levavam Bidu-Cola ou Guaraná Caçulinha, com bolacha Maria.

- Aos domingos, faceiros, no terninho de marinheiro da Maison Blanche, iam à matinada do Cine Ópera para ver Tom e Jerry.

- As meninas, gabolas, enfeitadas em suas saias godê, da Joclena, e blusinhas da Mazer, uma loja infantil ao lado da Gomel, na “Rua dos Turcos”.

- A Maison Blanche era de meninos. A Joclena e a Mazer, de meninas.

- Piá nenhum admitia vestir o tal de “brim coringa não encolhe”, aquele tecido azulão grosso, especialmente para macacão de mecânico, que hoje chamam de Jeans. As meninas vestiam tafetá ou veludo. Os meninos, terninhos de casimira. Quando muito, camisa volta ao mundo e calça de tergal.

- Piás felizes chutando bola, descalços, sobre as rosetas dos campinhos por todos os lados. (Tínhamos que tirar os sapatos para não gastar, senão a bronca vinha certa).

- Esse tempo de guri acabou, assim como acabou a Modelar, a Casa Rosa, a Casa Vermelha, a Casa Sade.

- Não tem mais a Casa da Sogra do Aron Ceranko, presidente do Ferroviário (que também não existe mais). Não tem mais a Casa da Pechincha. Desapareceu o Louvre do Calluf, assim como nos deixaram os fraternos irmãos Munir e Padre Emir.

- Não tem mais a Casa das Meias do telefone 66-6666, nem o 444 da Barão. E a Casa Edith, acredite, ainda tem, mas os chapéus Prada não vende mais. E a Três Coelhos, em que cartola se meteu? Não tem mais Móveis Cimo.

- Já não se ouve mais o apito da Fábrica Lucinda.

- Mudou a Casa Feres, “pequena por fora e grande por dentro”.

- As Casas Lorusso, “suba que o preço desce”, também desapareceram.

- Fechou a Casa Dico, a Joalheria Pérola, do Kaminski, a Importadora Americana, do Marcos Salomão Axelrud, que vendia o Simca Chambord e o Simca Rally.

- Desapareceram o Frischmann´s Magazine, assim como o Chocolate Basgal, da Tiradentes.

- Não tem mais a Tarobá, do Pedro Stier, em cujas vitrines o pioneiro Nagib Chede exibiu o primeiro programa de TV, no Estado do Paraná, projetado diretamente do último andar do Edifício Tijucas. E o povo encantado via o Jamur em preto e branco, contando as notícias do dia.

- Não tem mais o Cine Curitiba onde os piás trocavam Gibis do Capitão Marvel, pelos X-9 do Monte Hale.

- Cadê o Cine América, do Palácio, do Broodway, do Avenida, do Ribalta, do Oásis, do Rívoli, do Vitória, do Marabá, do Luz, do Arlequim, do Ritz. Até os filmes do Morguenau e do Guarani chegaram ao fim.

- Acabaram as matinés do domingo a tarde (depois de enxugar toda a louça do almoço de domingo para a mãe).

Se você "aprontava" durante a semana lá se ia a matinê de domingo. Era ficar na janela vendo os amigos irem, com um monte de gibis em baixo do braço.

Lembram que quando o "mocinho" beijava a mocinha todo mundo fazia barulho com os pés no assoalho de madeira do cinema?

- Não tem mais o bar Pólo Norte, no fim do trilho do bonde da Colônia Argelina.

- E o Lá no Lhum, da Barão?

- E a Charutaria Liberty, na esquina da XV com Monsenhor Celso, para onde se mudou?

- O Hermes Macedo, “Do Rio Grande ao Grande Rio”, que rumo tomou?

- E o Prosdócimo, onde mamãe comprou a minha primeira Ralleig. (Era uma bicicleta preta, com frisos dourados e raios niquelados, importada. Inglesa. Quanto luxo. Sentia-me um Fittipaldi na boleia da sua Lotus).

- E o Sérgio Prosdócimo, hoje, nem sabe disso. Ele também era um piá, nos meus tempos de guri

- Não vejo mais as Óticas Curitiba, dos Irmãos Barbosa.

- Onde foi parar a Casa Nickel, que vendia Chevrolet?

- Desapareceram as Casa Londres e a Ottoni. O Lord Magazine, onde os almofadinhas compravam seus esporte-fino exibidos nos chás-dançantes de Medicina e Engenharia.

- A Slopper também acabou. Mesmo fim levaram Calçados Clark, Lojas Ika e Pugsley.

- Acabou-se o Café Alvorada do Senadinho. (onde um amigo meu ao mexer com a garçonete recebeu um bule cheio de café na cara).

- Fechou o Ouro Verde, onde nasceu a Boca Maldita. Nem Café Marumby, nem Café Piraquara tem mais.

- Apagou-se o neon da Caixa Econômica, na Praça Osório, com as moedinhas correndo e caindo no cofrinho?

- E a farmácia Minerva, antiga, que vendia Zig e Mercúrio-Cromo e também Pasta Kolynos, Creme Dental Eucalol e Sabonete Lifebuoy. (Será que ainda existe o Talco Ross)? E o Rum Creosotado? E Auricedina? E a Pomada Minâncora? E o Vinho Reconstituinte Silva Araújo? E o Regulador Xavier: “número um excesso; número dois, escassez”. (!). E Antissardina. E o Creme Rugol. E as Pílulas de Vida do Doutor Ross, “fazem bem ao fígado de todos nós”.

- Nem a Stellfeld, do relógio de sol sobrou, com suas prateleiras repletas de Cibalena, Varamon e Cafiaspirina, Glostora e Gumex. Só o relógio de sol resistiu, como se a testemunhar os meus tempos de guri.

- No Edifício Azulai ficava a Musical, onde comprei uma radiola marfim, para ouvir de Nat King Cole cantando “Catito”, nos long play da Chantecler. Ali também ficava a loja de calçados Pisar Firme.

- Fechou o Banco de Curitiba, quebrou o Banestado. E o Bamerindus? Ave, Avelino.

É verdade, o tempo passa, o tempo voa…

- Cadê o Colégio Partenon, o Iguaçu (pagou, passou!) da Praça Rui Barbosa?. E a Escola de Comércio De Plácido e Silva, cuja diretora Juril Carnascialli encantava os seus alunos pela sua fineza de trato e cultura herdada do iluminado Josef de Plácido e Silva. Muito obrigado Juril.

- E o Colégio Cajuru. Por onde andarão as suas alunas, tão bonitas e invejadas?

- E as meninas do Sion com suas saias cor de vinho?

- E as normalistas do Instituto de Educação por onde andarão?

- Acabaram-se as empadinhas da Cometa, os queijos da Casa da Manteiga do amigo Guido, hoje Meritíssimo Desembargador.

- A coalhada da Schaffer, o Toddy da Leiteria Viana, e o pão sovado da Berberi, em que forno se enfornou?

- E a pastelaria Ton Jan, da Marechal. Tinha pastel de carne e de palmito. E também o especial, com ovo e azeitona

- Fechou a Churrascaria Bambu a Tupâ? Até a Caça e Pesca fechou.

- Não tem mais o açougue Garmatter e nem o Francês.

- E o piá de pedra fazendo xixi na frente do Posto Garoto, cresceu?

- Acabou-se o Rabo-de-Galo do Bar Americano e não tem mais a Carne de Onça do Buraco do Tatu. Nem o filé completo da Tingui. Nem a dobradinha do Restaurante Rio Branco. Do pastelzinho do Pasquale, nas manhãs dos sábados no Passeio Público, restou a saudade.

- O Locanda Suíça desapareceu. Até o Gruta Azul sumiu.

- O Jatão, em Santa Felicidade, travou a turbina e caiu. Desmoronou.

- Nem a Maria do Cavaquinho, nem a Gilda, nem o Esmaga ou o Osvaldinho perambulam pelas portas da Velha Adega, na Cruz Machado, ou pela frente da Gogó da Ema na Comendador. Por ali onde andava o Saca-Rolha, nas tardes de sol, com o seu guarda chuva sempre fechado.

- O Bataclã não desfila mais com o seu terno branco e cravo vermelho na lapela, pela frente do Fontana Di Trevi ou da Guairacá, na João Pessoa que virou Luiz Xavier.

- Fechou a Curitiba onde nasci. Só não fechou este meu tempo de guri

- Não tem mais Leminski. Nem Kolody. Dele, resta o lamento: “Esta vida é uma viagem; pena eu estar só de passagem”. Dela, um alento: “Para quem viaja ao encontro do sol é sempre madrugada” . De mim, o consolo: “Saudade! és a ressonância De uma cantiga sentida, Que, embalando a nossa infância, Nos segue por toda a vida”.

- Curitiba querida, que bom que eu te vivi!

(autor desconhecido).

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Filosofia para o novo ano...

Mário Quintana

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:

"Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais."