segunda-feira, 27 de julho de 2009

Aria di neve

Sopra le nuvole c'é il sereno
ma il nostro amore
non appartiene al cielo.

Noi siamo qui
tra le cose di tutti i giorni,
i giorni e i giorni grigi.

Aria di neve sul tuo viso,
le mie parole
sono parole amare, senza motivo.

Prima o poi
tra le nostre mani
più niente resterà.

È una vita impossibile
questa vita
insieme a te.

Tu non ridi, non piangi,
non parli più
e non sai dirmi perché.

Lungo la strada del nostro amore
ho già inventato
mille canzoni nuove.

Per i tuoi occhi
più di mille canzoni nuove
che tu non canti mai.



Acima das nuvens há o sereno
mas o nosso amor
não pertence ao céu.

Nós estamos aqui
entre as coisas de todos os dias,
os dias e os dias cinzentos.

Ar de neve no teu rosto,
as minhas palavras
são palavras amargas, sem motivo.

Antes ou depois
nas nossas mãos
mais nada sobrará.

É uma vida impossível
esta vida
junto contigo.

Tu não ris, não choras,
não falas mais
e não sabes dizer-me o porque.

Ao longo da estrada do nosso amor
já inventei
mil musicas novas.

Para os teus olhos
mais de mil musicas novas
que tu não cantas nunca.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Resistência à mudança

O pequeno peixe!!!


Era uma vez um lindo e enorme aquário, onde viviam muitos peixes de vários tipos e tamanhos.

Na parte de cima do aquário estavam os peixes maiores, pois a comida, quando caía na água, era para eles que vinha primeiro. Então os peixes de cima estavam sempre satisfeitos, nunca faltava comida.

Na parte intermediária, estavam os peixes de porte médio, havia para eles muita comida ainda, que era o que os grandes peixes da parte de cima não comiam, mas não tinha tanta comida assim para que pudessem ficar grandes.

Na parte de baixo estava os pequeninos peixes, a comida que eles tinham para comer mal dava para deixá-los vivos, pois o pouco de comida que vinha a eles era a sobra dos de cima.

No meio desse ambiente nasceu um pequenino peixe, ele não se conformava com aquela situação, e começou a nadar pelo aquário. Foi quando encontrou um pequeno buraco. Ficou pensando onde aquele buraco iria levá-lo, pois tinha uma grande esperança de mudar aquele quadro onde nasceu. O pequenino peixe então resolveu passar pelo buraco e ver onde ia parar.

Encontrou um fio de água que o levava para um ralo, do ralo caiu em um encanamento, e foi parar em um rio. Observou aquele lugar e viu que era maravilhoso, não faltava comida, tinha espaço suficiente para nadar e ir onde quisesse. Mas o pequenino peixe pensou em seus amigos do aquário e resolveu voltar para contar a respeito do lugar maravilhoso que encontrou.

Indo de volta pelo caminho, chegou ao aquário e começou a falar a todos sobre o lugar maravilhoso que havia encontrado, todos os peixes começaram a ficar curiosos e questionaram o que deveriam fazer para chegar a esse local.

Foi quando o peixinho falou:

- Os peixes grandes, da parte de cima, deverão mudar de lugar, terão que vir para a parte de baixo para perder peso e assim poderem passar pelo pequeno buraco.
- Os peixes da região intermediária deverão se alimentar menos, para que percam um pouco de peso também.
- E os peixes de baixo, deverão se alimentar um pouco mais para obterem forças para seguir viagem.

A confusão dentro do aquário começou. Muita discussão, muita discórdia. Começaram a se revoltar contra o pequeno peixe. Depois de muita briga, de pontos de vista diferentes, os peixes tomaram uma decisão. Resolveram matar o peixinho que havia causado tanto transtorno àquele lugar.

Conclusão: Quantos de nós não "matamos" todos os dias as idéias, os conselhos, as opiniões, apenas porque não queremos mudar a forma com que estamos acostumados a viver e a agir?

Até quando nossas resistências irão nos impedir de conhecer as coisas aravilhosas que estão apenas à espera de um pouco de humildade?

Pense no quanto você tem sido resistente com a sua vida............
(Autor desconhecido)

sábado, 18 de julho de 2009

Interior das ondas

Um ex-surfista americano agora dedica-se a uma atividade inusitada: fotografar ondas de dentro delas.

Clark Little, de 39 anos, começou a fazer as imagens depois de sua mulher manifestar o desejo de ter uma foto para decorar a casa do casal, no Havai.

Há dois anos, ele vive do dinheiro que ganha com a venda das fotos.

"O mar é minha segunda casa e eu adoro o que faço", disse Little. "Não existe para mim aquela sensação de encarar o trabalho como uma obrigação."

O fotógrafo conta que para obter as melhores imagens, ele utiliza uma câmara capaz de obter até dez fotos por segundo.

As ondas que ele encara variam entre 90 cm e 4,5 m.

Muitas vezes, ele chegou a ser arremessado até a 10 m de distância de sua localização original.

"Sempre existe um risco para mim, por conta da força e tamanho das ondas. Mas minha experiência como surfista me deixa à vontade para encarar as ondas sem medo", afirmou.

Interior das ondas





Interior das ondas





O direito ao delírio

Que tal começarmos a exercer o direito de sonhar?
Que tal se delirarmos um pouquinho?

No próximo ano, o ar estará limpo de todo o veneno,
O televisor deixará de ser o membro mais importante da família,
As pessoas trabalharão para viver, em vez de viver para trabalhar.

Os economistas não chamarão nível de vida de nível de consumo,
Nem chamarão qualidade de vida a quantidade de coisas.

Ninguém será considerado herói ou tolo
Só porque fez aquilo que acredita ser justo,
Em vez de fazer aquilo que mais lhe convém.

A comida não será uma mercadoria,
Nem a comunicação um negócio,
Porque comida e comunicação são direitos humanos.

A educação não será um privilégio apenas de quem possa pagá-la.
A polícia não será a maldição daqueles que não podem comprá-la.

A justiça e a liberdade, irmãs siamesas condenadas a viverem separadas,
voltarão a juntar-se, bem unidas, ombro a ombro.

E os desertos do mundo e os desertos da alma serão reflorestados.

Eduardo Galeano (Tradução livre - Rodrigo E. Cabral)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Team Hoyt

Em um esporte caracterizado como individual, o resultado obtido pelo atleta não depende diretamente do desempenho de outros competidores da mesma equipe. O triathlon sempre foi encarado desta forma, mas não para o pai e filho Dick e Rick Hoyt, que há mais de 25 anos resolveram se unir como dupla para competir nas mais diversas provas de maratona e ironman.

À primeira vista, a idéia pode parecer estranha, mas, quando se tem a oportunidade de vê-los competindo, é impossível não se sensibilizar e até torcer pela dupla. Isso se deve ao fato de que Rick, o integrante mais novo da dupla, nasceu tetraplégico e com paralisia cerebral, que lhe suprimiu a fala. No entanto, seu raciocínio nunca foi debilitado e partiu de Rick a idéia de competir em uma corrida pela primeira vez.

A estréia da dupla foi em 1975, em uma corrida em prol de um esportista que havia ficado paralisado. Dick, mesmo sem o preparo suficiente para correr com seu filho, topou empurrá-lo na cadeira de rodas pelos 8 km do percurso. A entrada da dupla no triathlon foi em 1985. Dick puxaria seu filho em um bote na natação, pedalaria empurrando o filho em uma cadeira adaptada na bike e correria mais uma vez empurrando-no na cadeira de rodas. Mesmo com toda a dificuldade, a estréia foi um sucesso e até hoje a dupla é inspiração para diversas outras pessoas que jamais pensavam que poderiam completar um triathlon. Atualmente, pai e filho completaram mais de 200 triathlons e seis Ironman. Por meio de um sistema de computador, Rick afirma: “Meu pai é meu maior ídolo”. Para Dick, basta conviver com uma certeza: “Meu filho me disse que, quando está competindo, não se sente limitado”.

POR FELIPE MENDES

Superação

Pirâmide para ser mais feliz

Sentado à beira do caminho

Eu não posso mais ficar aqui
A esperar!
Que um dia de repente
Você volte para mim...

Vejo caminhões
E carros apressados
A passar por mim
Estou sentado à beira
De um caminho
Que não tem mais fim...

Meu olhar se perde na poeira
Dessa estrada triste
Onde a tristeza
E a saudade de você
Ainda existe...

Esse sol que queima
No meu rosto
Um resto de esperança
De ao menos ver de perto
O seu olhar
Que eu trago na lembrança...

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo...

Vem a chuva, molha o meu rosto
E então eu choro tanto
Minhas lágrimas
E os pingos dessa chuva
Se confundem com o meu pranto...

Olho prá mim mesmo e procuro
E não encontro nada
Sou um pobre resto de esperança
À beira de uma estrada...

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo...

Carros, caminhões, poeira
Estrada, tudo, tudo, tudo
Se confunde em minha mente
Minha sombra me acompanha
E vê que eu
Estou morrendo lentamente...

Só você não vê que eu
Não posso mais
Ficar aqui sozinho
Esperando a vida inteira
Por você
Sentado à beira do caminho...

Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo...

São Chico



Tempo que foge

Contei meus anos e descobri que talvez terei menos tempo para viver daqui
para frente do que já vivi até agora.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói
o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero
gabolices.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando
seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.

Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter
a miséria do mundo.

Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de
abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos,
normas, procedimentos e regimentos internos.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da
idade cronológica, são imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de
"confrontação", onde "tiramos fatos a limpo".

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de
secretário do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou:
- "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito
humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se
considera eleita para a "última hora"; não foge de sua mortalidade, defende
a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus.
Caminhar perto delas nunca será perda de tempo.

Desconheço o autor!

segunda-feira, 13 de julho de 2009